A informação consta de uma autorização do Presidente angolano para uma adenda ao contrato inicial com a empresa, também chinesa, Guangxi Hidroeletric Constrution Bureau, para construção de uma linha de transporte (220 KV) entre Lomaum, Biópio, Benguela Sul e duas subestações.

Em causa estava uma obra avaliada em dezembro de 2013 em 50,8 milhões de dólares (45,2 milhões de euros), financiada pelo Industrial Commercial Bank of China (ICBC),contratada pelo Estado angolano para garantir que a energia produzida na barragem de Lomaum, no rio Catumbela, chegue a 92.000 consumidores entre as cidades de Benguela, Lobito, Catumbela e Baía Farta.

Em despacho de 07 de junho, ao qual a Lusa teve hoje acesso, o Presidente angolano autoriza um aumento de 8,191 milhões de dólares (7,3 milhões de euros) ao mesmo contrato, para a implantação desta linha dupla de transporte de eletricidade, numa extensão de 89,4 quilómetros entre a barragem de Lomaum e a subestação de Biópio, acrescidos de 57 quilómetros entre Biópio e Benguela Sul.

Instalada no município do Cubal, Benguela, a barragem hidroelétrica do Lomaum, com 20 metros de altura e 250 de comprimento, foi construída em 1959, ainda no tempo colonial português, mas ficou paralisada durante três décadas, devido à guerra civil no país.

Em junho de 2015 iniciou a operação experimental, após obras de reabilitação da infraestrutura que também permitira elevar a capacidade de produção de 90 para 140 MegaWatts, sendo gerida pela Kanazuro Electric, num regime de parceria público-privada.

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