
De acordo com uma declaração emitida pelo Conselho Soberano, Dagalo expressou a sua esperança de que o projeto represente "uma janela de esperança para um acordo abrangente para resolver a crise sudanesa", que foi desencadeada pelo golpe de Estado militar em outubro.
Apelou a todas as partes para se empenharem "urgentemente num diálogo abrangente conducente a um acordo" após tentativas anteriores, incluindo algumas patrocinadas pela ONU, terem falhado devido à recusa dos grupos civis em envolver o exército "golpista" nas negociações.
Dagalo fez os comentários após as embaixadas de Espanha, Alemanha, Itália, Holanda, Noruega, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos saudaram domingo a publicação do projeto de Constituição transitória, apresentado no sábado pelo comité de direção da Ordem dos Advogados.
O comité redigiu o texto por sua própria iniciativa, face ao impasse das negociações, e realizou sessões consultivas em agosto, envolvendo peritos e políticos sudaneses.
O texto descreve o Sudão como "um Estado de direito" e inclui um documento sobre direitos e liberdades fundamentais, um roteiro para o período de transição, a estrutura do sistema federal e do governo, e a composição das autoridades, entre outros aspetos.
Desde o golpe militar de 25 de outubro, o Sudão tem sido palco de violentos protestos exigindo o regresso do governo civil e da democracia.
A repressão destas manifestações por parte das forças de segurança sudanesas deixou mais de uma centena de mortos e milhares de feridos.
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