Cerca de 2.000 polícias foram hoje colocados em alerta, enquanto apelos para a manifestação foram lançados nas redes sociais, para comemorar o aniversário das manifestações.

As autoridades mantiveram a proibição de manifestação decidida para lutar contra a pandemia de coronavírus, apesar de apenas três novas infeções terem sido registadas no mês passado.

Muitos manifestantes pró-democracia foram presos no último mês e a contestação continua a ser criminalizada pelas novas leis repressivas impostas pelo Governo de Pequim.

Agnes Chow, de 24 anos, saiu em liberdade depois de ter passado sete meses na prisão pela participação nas manifestações de 2019 em frente ao quartel-general da polícia.

Esta jovem faz parte da geração de ativistas que se envolveu na política durante a adolescência, em movimentos pró-democracia anteriores, como "a revolução dos guarda-chuvas", em 2014, e que se tornaram em 2019 uma inspiração para todos os que defendem a democracia em Hong Kong.

Esperada por vários jornalistas à saída da prisão, a jovem não fez qualquer comentário. Dois outros conhecidos militantes detidos na mesma altura, Joshua Wong e Ivan Lam, continuam presos.

Joshua Wong, o mais conhecido dos jovens ativistas, viu recentemente a pena aumentada com uma nova condenação, por ter apelado em 2020 para a participação na tradicional manifestação de 04 de junho para assinalar o aniversário da repressão sangrenta de Tiananmen, na China, em 1989.

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