O primeiro-ministro ucraniano, Denis Shmigal, já tinha explicado que o orçamento inicial para 2024 não seria suficiente, uma vez que tinha sido calculado tendo em conta que a guerra terminaria este verão.
A Ucrânia gasta 100% dos impostos cobrados internamente em despesas militares e de defesa e cobre o financiamento dos serviços públicos e outras despesas civis graças à ajuda internacional.
Tal como Shmigal explicou na altura, cada soldado custa ao Estado ucraniano uma média de 32.000 dólares (28.760 euros) por ano.
O orçamento retificativo aprovado hoje deverá ser financiado através da emissão de dívida e do aumento de impostos, nomeadamente os que incidem sobre o tabaco e os combustíveis, afirmou Roksolana Pidlasa, presidente da comissão parlamentar do Orçamento.
Na terça-feira, o parlamento ucraniano (Verkhovna Rada) aprovou em primeira leitura (que necessitará de uma segunda votação para ser aprovado) um aumento de 1,5% para 5% dos impostos que afetam o chamado "imposto de guerra", cobrado aos contribuintes para financiar o exército.
A nova legislação aumenta também os impostos sobre vários segmentos de contribuintes e introduz alterações na tributação dos bancos e das empresas.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
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