Mohamed Ahmed Abdi e Hassan Hussein Mustafa, ambos de origem somali, com 31 anos, foram considerados culpados em 7 de Outubro por "conspirar" e apoiar os quatro membros do comando que morreram no ataque, que foi reivindicado por um grupo somali radical islâmico do al-Shebab, filiada da al-Qaeda.

"Apesar dos pedidos de clemência dos advogados de defesa, os crimes cometidos são graves, devastadores, destrutivos e exigem a punição deste tribunal", proferiu em Nairobi o juiz Francis Andayi, citado pela AFP.

O magistrado condenou Mohamed Ahmed Abdi a 18 anos de prisão por conspiração e a 15 anos por apoiar o comando, explicando que a pena aplicável tem como limite mínimo a mais elevada das penas atribuídas.

Os dois arguidos passaram já sete anos em prisão preventiva e, por conseguinte, ainda têm 11 anos para cumprir, explicou o juiz.

Ao meio-dia de sábado, dia 21 de setembro de 2013, uma unidade de comando de quatro homens invadiu o Westgate, atirando granadas e disparando indiscriminadamente contra comerciantes e clientes no centro comercial de luxo da capital queniana, antes de se refugiarem no próprio edifício.

Começou então um cerco de quatro dias, transmitido em direto na televisão, durante o qual as forças de segurança lançaram uma série de assaltos para desalojar os terroristas.

O ataque foi reivindicado pelo al-Shebab, em retaliação à intervenção militar queniana contra o grupo radical islâmico no sul da Somália iniciada em finais de 2011. O exército queniano juntou-se então à força da União Africana na Somália (AMISOM), ajudando a expulsar o grupo extremista de muitos dos seus bastiões.

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