
O porta-voz do Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC), Romualdo Johnane, disse, em conferência de imprensa, que a maioria dos agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) foi acusada de corrupção passiva para ato ilícito e abuso de cargo ou função.
"Solicitaram ou receberam valores de automobilistas na via pública, para a não emissão de multa e ou outras penalizações aos automobilistas, por violação ao Código de Estrada", declarou.
As infrações que resultaram em casos de corrupção de agentes das autoridades foram maioritariamente dominadas por situações de excesso de velocidade, "o que propicia a contínua ocorrência de acidentes de viação, causando luto nas famílias, para além de avultados danos materiais", acrescentou o porta-voz do GCCC.
Johnane apontou ainda que dois juízes foram constituídos arguidos por peculato (apropriação indevida de fundos) e um terceiro por corrupção passiva.
Foi também deduzida acusação em quatro processos envolvendo funcionários do Serviço Nacional de Migração (Senami) por cobranças indevidas na emissão de passaporte e renovação de Documento de Identificação e Residência de Estrangeiros (DIRE).
O porta-voz do GCCC referiu que, no total, foi deduzida acusação em 518 processos por corrupção no primeiro semestre deste ano, avançando que "houve um aumento de casos" em comparação com igual período de 2021, embora sem indicar números.
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