
A poucos dias das Eleições Legislativas de 18 de Maio, o cabeça-de-lista da candidatura Juntos Pelo Povo (JPP) pelo círculo da Madeira, Filipe Sousa, defende uma mudança política que, segundo afirma, é necessária para romper com o “imobilismo” das últimas décadas.
Esta quarta-feira, 7 de Maio, o candidato criticou a actuação dos principais partidos que têm representado a Madeira na Assembleia da República e no Parlamento Europeu. Para o candidato, “são décadas de representação política por partidos que, na prática, pouco ou nada fizeram para romper o ciclo de isolamento a que a Madeira continua sujeita”. O representante do JPP defende a implementação de políticas concretas com vista a reduzir a dependência externa e reforçar a autonomia da Região em matéria alimentar, económica, financeira, ambiental e energética.
"É essencial a população escolher quem de facto tem mostrado trabalho e vontade para resolver problemas que se arrastam há anos sempre com os deputados dos mesmos partidos, PSD e PS, na Assembleia da República”, disse o candidato.
As críticas de Filipe Sousa estendem-se ao candidato da AD (PSD-CDS), que, durante um debate eleitoral, afirmou que “os problemas da Madeira dependentes da Assembleia da República são os mesmos de há 50 anos”. Para o candidato do JPP, esta declaração “dá razão ao JPP” e reforça a ideia de que é necessário acabar com o “imobilismo”.
O número um da lista do JPP à Assembleia da República apela ao voto de confiança no seu partido para resolver o que considera serem falhas históricas das formações políticas que governaram.
Filipe Sousa atenta ainda para os custos de mobilidade entre a Madeira e o continente como um dos principais entraves ao desenvolvimento da Região. “É inaceitável que, em pleno século XXI, os madeirenses continuem a pagar preços exorbitantes para se deslocarem ao continente”, declarou.
“Só a Aliança PSD-CDS acha tudo isto normal e como acha normal não move uma palha para alterar este ciclo que empobrece as pessoas, as famílias e as empresas”, declara Filipe Sousa.
É uma realidade que fere o princípio da igualdade e que corrói a coesão do Estado português. A Constituição é clara: a continuidade territorial não é uma opção, é uma obrigação e devia estar no centro do debate político dos deputados que representam a Madeira no Parlamento e no Governo Regional. Filipe Sousa
Segundo o candidato, a solução passa pela criação de um modelo de transporte marítimo de passageiros e carga “aberto à concorrência” e pelo reforço das ligações regulares e acessíveis, colocando o Estado português “no centro da solução”.
“A autonomia não é um álibi para o desinteresse da República”, contesta.
Os madeirenses não são portugueses de segunda. E os partidos que têm falhado sistematicamente a Madeira devem ser responsabilizados nas urnas e no debate político. O tempo das desculpas terminou. O tempo da ação chegou. No próximo dia 18 a melhor escolha está no JPP. Filipe Sousa