
O empresário Jorge Mendes e a mulher, Sandra Mendes, foram acusados pelo Ministério Público (MP) de um crime de fraude fiscal, no âmbito da Operação Fora de Jogo, segundo o Correio da Manhã.
A acusação refere-se a uma doação à mulher de quase metade do capital de uma empresa que, posteriormente, viria a ser comprada por outra sociedade ligada ao empresário português, agente de várias estrelas do futebol mundial.
O Ministério Público alega que a doação foi fictícia e provocou um prejuízo ao Estado de 18 milhões de euros em impostos, de acordo com o mesmo jornal.
Jorge Mendes diz que acusação é “injusta"
Jorge Mendes já reagiu à denúncia, num comunicado a que a SIC teve acesso. O empresário "refuta por completo a acusação de fraude fiscal”, mas garante que vai pagar os impostos reclamados pelo MP.
“Apesar de refutar por completo qualquer acusação de fraude fiscal, de nada ser devido à Autoridade Tributária, para defesa da minha família, foram dadas instruções para ser desencadeado o processo para liquidação de qualquer montante alegadamente em dívida, sem prejuízo de defesa por todos os meios ao meu alcance.”
O famoso agente português diz estar “convicto e confiante que a seu tempo a justiça vai ser feita”. "Será devidamente comprovada a minha total inocência”, garante.
O advogado de Jorge Mendes, Rui Patrício, diz que “a acusação é incorreta, infundada e injusta, quer em si mesma, quer, também, tendo em conta o percurso de vida de Jorge Mendes e o contributo que tem dado ao país, e também o seu histórico de contribuinte por si e pelas suas empresas".
A defesa lembra que a matéria em causa "já havia sido analisada pela Autoridade Tributária (AT) em 2014 (há cerca de 11 anos, portanto), tendo também havido várias inspeções e análises posteriores".
"Ora, apesar disso, e durante muitos anos, nunca foi levantado qualquer eventual problema sobre estes factos, nem foi liquidada qualquer quantia ou enviada qualquer notificação para o efeito; o que ainda torna mais estranho e objetivamente incompreensível este processo e, agora, esta acusação, parecendo-nos que o processo-crime foi usado pela AT, de forma abusiva, para finalidades estritamente fiscais", sustenta Rui Patrício.
Com LUSA