O Secretário Regional da Educação, Ciência e Tecnologia, Jorge Carvalho, participou no 11.º Seminário “Educação: reflexões e caminhos”, realizado em Câmara de Lobos, onde traçou uma retrospectiva da evolução do sistema educativo na Região Autónoma da Madeira desde o início da Autonomia até aos dias de hoje.

“Os dados falam por si. Hoje, o abandono escolar na Região é residual. A Taxa de Abandono Precoce de Educação e Formação (TAPEF) é inferior a 10% e mais de 90% dos alunos que concluem o ensino secundário prosseguem estudos no ensino superior”, afirmou, realçando os progressos registados nas últimas décadas em matéria de acesso, permanência e sucesso educativo.

Jorge Carvalho atribuiu esses resultados à consistência das políticas públicas e à estabilidade governativa. “Cerca de 95% do corpo docente nas nossas escolas está vinculado. Esse é um sinal claro de estabilidade, de confiança no sistema e de valorização da profissão docente”.

O governante destacou também uma medida que considera estratégica: a possibilidade de cada escola poder recrutar até 15% dos seus professores. “Demos às escolas uma margem de autonomia no recrutamento de docentes. Isso permite que respondam com maior agilidade às suas necessidades pedagógicas específicas”, explicou.

Ao longo da sua intervenção, sublinhou ainda que a Madeira tem consolidado uma trajectória de investimento continuado na Educação, assente em decisões sustentadas e numa visão estratégica de longo prazo. “Não é por acaso que hoje temos melhores resultados. É fruto de escolhas, de prioridades claras e de um esforço que envolveu decisores, professores, técnicos e famílias”.

Mostrou-se satisfeito com o reconhecimento de que a educação madeirense vive um tempo de estabilidade e confiança. “A política de recuperação das carreiras e do tempo de serviço, a autonomia que demos às escolas para desenvolverem os seus projectos, o investimento na capacitação dos professores… tudo isso contribuiu para que o sistema educativo esteja motivado e a responder positivamente às expectativas das famílias”.