"O quadro político e a relação de forças são marcados por um resultado eleitoral que, a partir de uma extrema promoção da bipolarização, beneficiou o PS, apesar da sua postura de fuga às respostas necessárias ao país", considerou o dirigente comunista, durante a primeira reação ao resultado das eleições legislativas.

Jerónimo de Sousa fez um apelo à convergência dirigido ao PS e deixou o caderno de encargos para António Costa, nomeadamente, um "desenvolvimento económico sustentando, o "aumento geral dos salários, incluindo um aumento significativo" dos salários médio e mínimo, a revogação "das normas gravosas" da legislação laboral, assim como um aumento das pensões e das prestações sociais.

"É uma pena", disse o secretário-geral comunista sobre o resultado da CDU, que deverá indicar uma perda de quase metade dos deputados e o fim da representação parlamentar do PEV.

No entanto, o líder do PCP disse que o partido não se dá por derrotado.

"Permitam-me que termine... Não sei, estou inspirado... Quando um homem perde os bens, perde pouco. Quando perde a dignidade, perde muito. Quando perder a coragem, perde tudo", sustentou.

AFE // JPS

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