O Papa pediu esta quarta-feira que se rejeite "a lógica da arrogância e da vingança" após os ataques entre Israel e Irão, defendendo o caminho do diálogo e da diplomacia.

Perante milhares de fiéis que acompanharam a audiência semanal, na Praça de S. Pedro, Vaticano, o pontífice norte-americano explicou que acompanha "com atenção e esperança" os acontecimentos em Israel, no Irão e na Palestina, e afirmou que as palavras do profeta Isaías ressoam com urgência: "Nenhuma nação levantará a espada contra outra nação, nem se preparará mais para a guerra".

Leão XIV exortou ainda a população a "curar as feridas das ações sangrentas dos últimos dias, a rejeitar qualquer lógica de arrogância e vingança e a escolher com determinação o caminho do diálogo, da diplomacia e da paz".

Por outro lado, o Papa condenou "o cobarde ataque terrorista contra a comunidade ortodoxa grega na Igreja de Mar Elias, em Damasco" e manifestou a sua solidariedade para com todos os cristãos do Médio Oriente.

Um atentado suicida perpetrado no domingo numa igreja em Damasco, reivindicado por um pequeno grupo extremista sunita, fez na terça-feira 25 mortos e dezenas de feridos.

O ataque semeou o terror na comunidade cristã da Síria e entre outras minorias do país.

"Estou perto de vós, toda a Igreja está perto de vós", disse o Papa, classificando o "trágico acontecimento" como "um lembrete da profunda fragilidade que continua a marcar a Síria, após anos de conflito e instabilidade".