Luís Montenegro anunciou esta quarta-feira que Portugal vai reforçar em cerca de mil milhões de euros a verba para a área da Defesa até ao final deste ano.

"Andará à volta de mil milhões de euros, talvez um pouco menos, de investimento direto em aquisições de equipamento, de infraestruturas, de valorização dos nossos recursos humanos, o que aponta para um esforço que só é possível porque temos efetivamente as finanças públicas equilibradas e temos a disponibilidade dentro desse equilíbrio de não necessitarmos de medidas adicionais", afirmou.

O primeiro-ministro informou ainda que o Governo está “a finalizar a possibilidade de antecipar algumas das metas e priorizar alguns dos objetivos” da Lei de Programação Militar.

Garante que não será necessário um orçamento retificativo para este efeito, porque ainda estão disponíveis verbas "no âmbito do orçamento" e do Ministério das Finanças.

Luís Montenegro salientou ainda que será necessário "agilizar processos de aquisição" e "estabelecer relações comerciais com os fornecedores", e adiantou que o Governo já está "no terreno" a tratar desta matéria mas que "as respostas não são tão imediatas".

"Mas não há dúvida que por um lado recursos humanos, por outro lado equipamentos, por outro lado infraestruturas, é nestes três vetores que nós vamos concentrar o essencial daquilo que é o investimento que faremos já este ano e no próximo ano", detalhou.

Montenegro diz que objetivo da NATO é ambicioso

Sobre o aumento do investimento para 5% do Produto Interno Bruto (PIB) na área da Defesa até 2035, acordo atingido esta quarta-feira pelos 32 países da NATO, o primeiro-ministro português diz que é ambicioso e revela que Portugal participou nas negociações para que o prazo das metas fosse alargado de 2030 para 2035.

Com Lusa