"Fazer parte de um grande grupo seria uma fonte de resiliência para o futuro", considerou Ourmières-Widener, durante um encontro com imprensa estrangeira, em Lisboa, no qual garantiu que a administração da TAP "dará apoio em qualquer processo".

Vários meios de comunicação têm noticiado que o Governo prevê lançar o processo de reprivatização da TAP, no qual estariam interessadas a Lufthansa, a Air France/KLM e o grupo IAG (British Airways e Iberia), embora este último fosse o pior posicionado porque poderia prejudicar a plataforma de conexão ('hub') da empresa no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

Segundo a EFE, a gestora considerou que seria "inadequado" fazer comentários sobre os potenciais compradores e não adiantou prazos para uma eventual venda, mas defendeu que a companhia aérea é uma "oportunidade fantástica" dentro da Europa.

"Temos uma das frotas mais modernas da Europa", sublinhou.

A presidente executiva da TAP reconheceu que as previsões macroeconómicas que apontam para uma possível recessão são motivo de preocupação para a companhia aérea, mas apontou que a situação não é igual em todos os países.

"Dos destinos para onde viajamos vemos que ainda há um apetite significativo", explicou, embora admitindo que existe uma preocupação particular com o mercado britânico.

Este ano, os custos com combustíveis vão aproximar-se de 1.000 milhões de euros, um valor superior ao orçamentado pela companhia aérea.

A empresa está especialmente comprometida com o mercado brasileiro, onde já tem "grande presença", e vê potencial para aumentar as frequências dos 11 destinos que já opera naquele território.

Por isso, as iminentes eleições presidenciais no Brasil "são de relevante importância" para a companhia aérea.

A TAP foi altamente afetada pela pandemia, tendo recebido auxílios estatais de cerca de 3.200 milhões de euros e passado a ser totalmente detida pelo Estado.

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