Vídeos divulgados por vários canais de televisão mostram o momento em que uma pessoa apontou a alegada arma de fogo em frente ao rosto da ex-Presidente argentina Cristina Kirchner (2007-2015), quando esta saiu de uma viatura, perto de casa.

"Neste momento, a situação deve ser analisada pela polícia científica para verificar as impressões digitais, a capacidade e a disposição que essa pessoa tinha", indicou aos jornalistas o ministro.

Apesar das questões em aberto, membros do Governo foram rápidos a descrever o incidente como uma tentativa de assassínio.

"Quando o ódio e a violência se impõem sobre o debate de ideias, as sociedades são destruídas e geram situações como a que hoje se vê: uma tentativa de assassínio", disse o ministro da Economia, Sergio Massa.

Os ministros do Governo do Presidente Alberto Fernández divulgaram um comunicado conjunto no qual "condenam energicamente a tentativa de homicídio" da vice-Presidente.

"O que aconteceu esta noite é de extrema gravidade e ameaça a democracia, as instituições e o Estado de direito", pode ler-se na nota.

O ex-Presidente Mauricio Macri também repudiou o ataque. "Este acontecimento muito grave exige um esclarecimento imediato e profundo por parte dos órgãos judiciários e de segurança", escreveu Macri na rede social Twitter.

Os apoiantes da vice-Presidente têm-se reunido nas ruas em torno da sua casa desde a semana passada, após um procurador pedir uma pena de 12 anos para Kirchner num caso de alegada corrupção relacionado com obras públicas.

As tensões têm vindo a aumentar no bairro da Recoleta, em Buenos Aires, desde o fim de semana, quando apoiantes da vice-Presidente entraram em confrontos com a polícia nas ruas que circundam o seu apartamento, após as forças de segurança terem tentado desmobilizar os manifestantes.

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