"Na política que estamos a fazer, nós somos lusófonos. Primeiro somos CPLP antes de sermos CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) ou outras organizações e organismos internacionais a que pertencemos", afirmou Umaro Sissoco Embaló.

O chefe de Estado guineense falava aos jornalistas no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, em Bissau, antes de viajar para São Tomé e Príncipe para uma visita oficial de três dias, que considerou como "histórica".

Segundo o programa, a visita do Presidente guineense será marcada por um "encontro bilateral" entre as delegações governamentais dos dois países, no salão nobre do Conselho de Ministros, no final do qual está prevista uma declaração conjunta.

Sissoco Embaló terá um "encontro restrito" com o Presidente são-tomense, Evaristo Carvalho, na quarta-feira, que lhe oferecerá um jantar oficial no mesmo dia. No dia seguinte, o chefe de Estado guineense terá outros dois encontros separados com o presidente da Assembleia Nacional (parlamento são-tomense), Delfim Neves, e com o primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus.

Estão ainda agendadas visitas turísticas ao Museu do Café, em Monte Café, a 16 quilómetros da capital, e também à Casa Museu Almada Negreiros, onde nasceu o artista português, em 1893.

O Presidente guineense visita São Tomé e Príncipe a convite do seu homólogo, Evaristo Carvalho, que em maio se deslocou à Guiné-Bissau, numa visita classificada como "histórica" por ambos, já que a anterior viagem oficial de um chefe de Estado são-tomense ao país ocorreu nos anos 1970.

Durante a deslocação de Evaristo Carvalho, os dois países assinaram um acordo de isenção de vistos e um protocolo de cooperação consular, documentos que, segundo a chefe da diplomacia guineense, Suzi Barbosa, vão permitir maior mobilidade, como está previsto no âmbito da CPLP.

De São Tomé e Príncipe, o Presidente guineense segue para Accra, no Gana, para participar na cimeira ordinária da CEDEAO, no sábado.

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