Segundo o governante, a Guiné-Bissau pretende, até 2030, atingir a autossuficiência alimentar, mas atualmente apenas se aproveita 15% dos cerca de 200 mil hectares de solos para produção do arroz "basfond" (arroz que é produzido em zonas onde a água é pouco funda).

O arroz é a base da dieta alimentar dos guineenses que consomem cerca de 200 mil toneladas deste cereal por ano. Dados do Ministério da Agricultura indicam que o país apenas produz metade dessa quantidade.

Em relação aos campos de produção de outro tipo de arroz, o ministro guineense da Agricultura notou que o país aproveita menos de 50% dos mais de mil hectares disponíveis.

Perante esta realidade, Marciano Barbeiro afirmou que a solução é avançar para uma agricultura mecanizada e desta forma ajudar os camponeses, em particular, e a população, em geral, a atingir a autossuficiência alimentar até 2030 e ainda combater a pobreza.

Barbeiro anunciou que uma das medidas do Governo para atingir a meta é a aposta na capacitação da população rural e ainda o desenvolvimento da produção de arroz irrigado na época seca. Normalmente o arroz é produzido na Guiné-Bissau apenas durante a época das chuvas.

O ministro deu estas indicações quando falava no ato da assinatura de um acordo de parceria entre o Governo e a organização não-governamental ADPP (Ajuda de Desenvolvimento de Povo para Povo) que visa a formação de agricultores.

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