A decisão foi anunciada por Fidelis Magalhães, ministro da Presidência do Conselho de Ministros, depois de uma reunião extraordinária do Governo, realizada online devido às medidas preventivas da covid-19.

"O Conselho de Ministros decidiu manter a imposição de cerca sanitária e confinamento domiciliário para a população de Díli durante mais 14 dias, aplicando-se as mesmas regras que já estavam em vigor", informou.

No caso de Baucau e Viqueque, o Governo também alargou as cercas sanitárias "durante mais sete dias", analisando a sua renovação ou suspensão posteriormente

Os membros do Governo aprovaram as medidas que vão aplicar-se durante o período do estado de emergência, decretado pelo Presidente da República, Francisco Guterres Lú-Olo, e que, no essencial, são idênticas às que já estão em vigor.

Fidelis Magalhães recordou a decisão já tomada esta semana pelo Governo de manter a obrigatoriedade do teste à covid-19 para pessoas com sintomas ou que tenham tido contacto com pessoas infetadas.

"Os testes são a melhor forma de detetar casos positivos. Há uma ameaça grande de aumento de casos positivos. O sistema de saúde estará atento a cada caso para responder a quem tenha eventuais sintomas e para que possam recuperar", disse.

"Renovamos o nosso apelo ao publico para que participem neste processo, que é essencial para identificar a cadeia de transmissão. O teste não tem qualquer risco", disse.

Em declarações aos jornalistas, Fidelis Magalhães voltou a clarificar as regras do confinamento, reiterando que a saída para exercício individual não está permitida.

"As regras são claras (...), não se permite a saída de casa para fazer desporto individual. Se precisam de fazer atividades desportivas terão de o fazer em casa", reiterou Fidelis Magalhães.

"A saída de casa mantém-se autorizada apenas para questões essenciais, como comprar comida, ou ir ao médico ou outros serviços essenciais", sublinhou.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.805.004 mortos no mundo, resultantes de mais de 128,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

 

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