
Ana Comoana adiantou a existência do referido plano, em declarações aos jornalistas, na segunda-feira, após uma visita à vila.
"Temos um plano que, a ser implementado, vai contribuir para que Palma volte a reerguer-se", é "um plano de ação ambicioso", declarou Comoana.
O documento, prosseguiu, aponta ações de apoio imediato às famílias afetadas pelos ataques a Palma e intervenções para o desenvolvimento socioeconómico da vila.
"Pensamos mesmo em projetos de investimento, em projetos que possam apoiar as famílias a retomar as suas vidas", frisou.
No plano da assistência humanitária, o Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD) avaliou em 7 mil milhões de meticais (94 milhões de euros) o valor necessário para o apoio aos deslocados da violência armada em Cabo Delgado.
O valor vai servir para melhorar as condições de alimentação, abrigo e educação, bem como relançar o setor privado e incentivar pequenas atividades para geração de rendimento nas populações deslocadas, disse Luísa Meque, diretora-geral do INGD, durante uma reunião com quadros do Governo e parceiros em Pemba, capital provincial de Cabo Delgado.
A cidade de Pemba, a capital de Cabo Delgado, tem sido o principal destino das populações que fogem dos ataques armados que começaram em 2017 em distritos mais a norte da província, albergando atualmente quase o dobro da sua capacidade.
A violência armada em Cabo Delgado começou há mais de três anos, mas ganhou uma nova escalada há duas semanas, quando grupos armados atacaram pela primeira vez a vila de Palma, que está a cerca de seis quilómetros dos multimilionários projetos de gás natural.
Os ataques provocaram dezenas de mortos e obrigaram à fuga de milhares de residentes de Palma, agravando uma crise humanitária que atinge cerca de 700 mil pessoas na província, desde o início do conflito, de acordo com dados das Nações Unidas.
PMA (EYAC) // PJA
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