Portugal continental entrou em situação de contingência, segundo nível de resposta previsto na Lei de Bases da Proteção Civil, na passada segunda-feira e na quinta o Governo decidiu prolongar esta situação até hoje.

Hoje de manhã, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, participa num 'briefing' no Centro de Coordenação Operacional Nacional, na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, Oeiras.

Depois, reúne-se, por videoconferência, com os ministros da Defesa Nacional, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, da Saúde, do Ambiente e Ação Climática e da Agricultura e da Alimentação para fazer uma "avaliação das medidas adotadas", segundo um comunicado do ministério da Administração Interna, e determinar se o nível de contingência se deve manter ou recuar para a situação de alerta.

Antes de entrar na situação de contingência, Portugal continental esteve entre os dias 08 e 10 de julho em alerta, mas depois devido ao agravamento das condições meteorológicas o nível foi agravado.

No sábado, o comandante da ANEPC sublinhou que a situação dos incêndios no país "ainda é extrema", pelo que "ainda está a ser avaliada" se será possível suspender no domingo a situação de contingência.

"Apesar da melhoria das condições meteorológicas, as condições ainda são extremas", afirmou André Fernandes, num balanço feito na ANEPC.

A situação de contingência, de acordo com a Lei de Bases da Proteção Civil, é um nível intermédio entre a situação de alerta, o nível menos grave, e a situação de calamidade, o patamar mais elevado.

Na última semana, o país enfrentou temperaturas elevados e o dia mais quente foi na quarta-feira, em que quase todos os distritos estiveram sob aviso vermelho, o mais grave emitido pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Também foi na quarta-feira que a ANEPC registou o maior número de incêndios rurais este ano, num total de 193.

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