Segundo um comunicado da comissão política, que esteve reunida na quarta-feira em Maputo, o órgão daquele partido "exaltou o empenho e a bravura da Força Conjunta, Moçambique-Ruanda e do exercício da Força em Estado de Alerta da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) no âmbito do combate, sem trégua, contra os grupos terroristas em algumas zonas da província de Cabo Delgado".

Segundo o documento, os resultados das operações são promissores e trazem esperança para as populações deslocadas devido ao conflito que devastou distritos do norte da província de Cabo Delgado nos últimos quatro anos.

"A Comissão Política reitera o seu encorajamento às Forças de Defesa e Segurança, em coordenação com as tropas do Ruanda e da SADC, a continuarem alinhados e com determinação no combate ao fenómeno, cujos resultados se refletem na recuperação dos postos administrativos de Diaca, Mbau e da vila de Mocímboa da Praia e outras posições anteriormente ocupadas pelos terroristas", frisa a Frelimo, que saúda o amplo movimento de solidariedade para com as populações afetadas.

A luta contra os insurgentes em Cabo Delgado ganhou um novo impulso, quando em 08 de agosto forças conjuntas de Moçambique e do Ruanda reconquistaram a estratégica vila portuária de Mocímboa da Praia, que estava nas mãos dos rebeldes há mais de um ano e que era considerada "base" destes grupos armados, tendo sido o local onde os rebeldes protagonizaram o seu primeiro ataque em outubro de 2017.

Os ataques armados por insurgentes em distritos do norte de Cabo Delgado provocaram mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, segundo as autoridades moçambicanas.

Além do Ruanda, Moçambique tem agora apoio da SADC, num mandato de uma "força conjunta em estado de alerta" aprovado em 23 de junho, numa cimeira extraordinária da organização em Maputo que debateu a violência armada naquela província, havendo militares de alguns países-membros já no terreno.

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