
A Interpol alerta num relatório publicado hoje que os crimes relacionados com a cibersegurança em África são cada vez mais numerosos e representam 30% do total a nível mundial.
Os crimes cibernéticos mais frequentemente denunciados no continente africano são as fraudes 'online', especialmente o "phishing", que consiste em se fazer passar por uma entidade de confiança para obter informações pessoais.
Segundo o diretor de Cibercrime da Interpol, Neal Jetton, estamos perante "um cenário claro de ameaças em constante mudança, com perigos emergentes, como a fraude impulsionada pela inteligência artificial (IA), que exigem atenção urgente".
No ano passado, as notificações de supostas fraudes aumentaram até 3.000% em alguns países africanos, de acordo com a Kaspersky Lab, um dos parceiros do setor privado que colabora com a direção de Cibercrime da Interpol.
"A cibersegurança afeta diretamente a soberania digital dos Estados, a resiliência das nossas instituições, a confiança dos cidadãos e o bom funcionamento das nossas economias», afirmou Jalel Chelba, diretor executivo interino da Afripol.
Na África do Sul e no Egito, o sequestro de dados foi o crime que mais cresceu em 2024.
Os incidentes relacionados com a cibercriminalidade também aumentaram significativamente.
Segundo o comunicado da Interpol, a maior parte da atividade deste tipo de crimes em África está concentrada em 11 países africanos.