A operação foi desencadeada em Bissau, nomeadamente nos bairros de Luanda (onde se encontra o quartel da Guarda Nacional), Empantcha e Lala Quema, todos nos subúrbios da capital guineense.

De acordo com a mesma fonte, o novo comando da Guarda Nacional, sob a égide dos coronéis Orlando Pungana e José Pedro, recebeu ordens do Estado-Maior General das Forças Armadas, para, em conjunto com a Polícia Militar, iniciar operações de busca e apreensão de armas em toda a Guiné-Bissau.

O Estado-Maior General das Forças Armadas guineense acredita que várias armas do exército "poderão estar em lugares e mãos alheias", tendo como referência "o dia da debandada no quartel da Guarda Nacional".

Na sexta-feira passada, as Forças Armadas atacaram aquele quartel para dali retirarem dois membros do Governo que a Guarda Nacional havia levado para as suas instalações, a partir das celas da Polícia Judiciária, onde se encontravam detidos, preventivamente, a mando do Ministério Público.

Os dois governantes estão a ser investigados após terem mandado pagar uma dívida do Estado a 11 empresários, num processo que o Ministério Público e a oposição ao Governo consideram fraudulento.

A operação de retirada dos dois governantes do quartel da Guarda Nacional motivou trocas de tiros durante a madrugada e a manhã de sexta-feira e ainda a detenção do comandante daquela corporação, coronel Vítor Tchongo, atualmente detido no Estado-Maior General das Forças Armadas.

Dois militares perderam a vida naqueles combates.

O Estado-Maior emitiu um comunicado no sábado exortando os elementos da Guarda Nacional a retornarem ao quartel e hoje lançou a operação de busca de armas que acredita terem sido retiradas daquela unidade.

Os acontecimentos de 30 de novembro e 01 de dezembro foram considerados como uma tentativa de golpe de Estado pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, que dissolveu o parlamento, na segunda-feira.

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