Num comunicado hoje divulgado, no qual anuncia que a 18.ª edição se realiza em 12 e 13 de setembro no Pequeno Auditório do CCB, a organização refere que "face às condições atuais da pandemia, esta edição da Festa do Jazz não terá público presencial, porém todos os conteúdos serão disponibilizados gratuitamente nas plataformas da RTP Palco - todos os conteúdos Festa do Jazz 2020 estarão disponíveis nesta plataforma, além dos concertos serem transmitidos em direto".

À semelhança de edições anteriores, haverá "concertos e outras atividades que permitem refletir sobre o momento que esta área da cultura vive atualmente", mostrando "o melhor da música improvisada portuguesa".

Recordando que "desde a sua primeira edição que a Festa do Jazz se dedica a apoiar e cuidar dos músicos de jazz portugueses", a organização salienta que "em 2020 esse apoio torna-se ainda mais urgente e relevante devido às dificuldades que os técnicos, produtores, músicos e todos os envolvidos nesta área enfrentam".

"Assim, a Festa do Jazz 2020 associa-se ao Fundo de Solidariedade com a Cultura lançado pela Santa Casa, GDA, Audiogest e GEDIPE através da recolha de donativos, via website Associação Sons da Lusofonia, que revertem a 100% para o fundo", lê-se no comunicado.

Na 18.ª edição, a programação arranca com a apresentação do "Livro Festa do Jazz", que conta a história do evento, "que, em muitos pontos, se confunde com a história contemporânea do jazz em Portugal, e traça o perfil de alguns dos seus intervenientes".

Para dia 13 está marcado o debate "Portugal, Jazz e a questão racial", que conta com a participação do ativista Mamadou Ba e das cantoras Maria João e Selma Uamusse.

Lembrando que o jazz tem na sua génese uma forte ligação às comunidades negras, aos seus ritmos e formas de interpretação musical, a organização refere que neste debate "pretende recuperar-se essas referências históricas, trazendo-as para a atualidade de forma a refletir sobre o momento atual no que diz respeito às questões raciais, mas também de diferença de género".

A programação musical inclui atuações de, entre outros, Tomás Marques Quarteto, Andy Sheppard Quarteto, João Barradas a solo, Susana Santos Silva e Angélica Salvi, Sound of Desire (trio de Ricardo Toscano), Maria João e Carlos Bica e uma homenagem a Bernardo Sassetti, com a participação de João Mortágua (saxofone alto), João Pedro Coelho (piano), Carlos Barretto (contrabaixo) e Alexandre Frazão (bateria).

Tal como em anos anteriores, a programação da 18.ª Festa do Jazz inclui o Encontro Nacional de Escolas, "permitindo que os jovens novos talentos do jazz nacional possam mostrar o seu trabalho e valor, integrados numa programação de excelência".

Este ano participam no encontro: JB Jazz Clube, Art'J - Jobra, JAHAS Rockschool Porto, Curso Profissional de Instrumentista de Jazz da Bemposta, ESMAE - Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, Universidade Lusíada de Lisboa e Universidade de Évora.

Da programação faz parte também a entrega dos Prémios RTP/Festa do Jazz, "que promove a música improvisada portuguesa e dá a conhecer ao público os melhores músicos nacionais de cada ano".

Com organização da Associação Sons da Lusofonia, a 18.ª edição da Festa do Jazz realiza-se com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a Direção-Geral das Artes, do CCB e do DST Group.

Em 2019, depois de 15 edições no Teatro São Luiz (entre 2003 e 2017) e uma em vários espaços do Bairro Alto (em 2018), a Festa do Jazz, uma iniciativa da Associação Sons da Lusofonia, decorreu nos vários espaços do Capitólio, no Parque Mayer.

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Lusa/fim