Tal como havia avançado o DIÁRIO, Fernando Góis será o cabeça-de-lista social-democrata, em São Vicente, nas próximas Autárquicas.
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"Se houve lugar onde nós ouvimos as estruturas locais foi em São Vicente, portanto a candidatura de Fernando Góis é apoiada pelas estruturas locais, pelos presidentes de junta e pelas estruturas de freguesia", afirmou esta manhã Miguel Albuquerque.
Em declarações aos jornalistas, na Praça do Povo, no Funchal, o líder do executivo madeirense aproveitou, assim, para colocar um ponto final nas dúvidas quanto à candidatura do PSD à presidência da autarquia de São Vicente.
"Tive o cuidado de auscultar as bases do partido, que foram unânimes no apoio ao Fernando Góis", vincou Albuquerque. "Aliás, ele é ainda vice-presidente da câmara, tem acompanhado o trabalho extraordinário do presidente António Garcês e nada mais lógico do que dar continuidade ao projecto de São Vicente", complementou.
Quanto ao candidato à autarquia da Ribeira Brava - ao que tudo indica Jorge Santos - a decisão está a ser “ultimada”, antevendo-se o anúncio oficial para a “próxima segunda ou terça-feira”.
"Na Ribeira Brava estamos a ultimar, tem havido um bom senso e um grande sentido de razoabilidade entre os nossos militantes e posso-lhe dizer que neste momento está quase fechado", adiantou o presidente do Governo Regional.
“O PSD tem de voltar a liderar as políticas reformistas em Portugal”
Numa outra nota, questionado pelos jornalistas sobre o anúncio da Iniciativa Liberal (IL) de avançar com a apresentação de um projecto de revisão constitucional, Miguel Albuquerque mostrou-se, não só favorável à proposta dos liberais, como considerou "fundamental o PSD acompanhar essa revisão".
Isto, porque na visão do presidente do Governo Regional da Madeira, "o PSD tem, neste momento, de voltar a liderar as políticas reformistas em Portugal".
"Nós já constatamos que temos tentado adiar aquelas que são as reformas do regime e isso não é compatível com a vontade dos eleitores, como se constatou agora, nas recentes eleições. O PSD tem de deixar de lado o politicamente correto e avançar nas reformas fundamentais", sustentou.
Albuquerque apontou ainda que esta revisão deve passar por "um conjunto de reformas tem de ser feito urgentemente", que passam concretamente: pela extinção do cargo de representante da República, o alargamento dos poderes autonómicos, a revisão da Lei Eleitoral a nível nacional, o reforço das competências da Assembleia Legislativa Regional e a gestão do Mar da Madeira.
O mundo hoje não é compatível com aquele que era o mundo em 1976 Miguel Albuquerque
O presidente do Governo Regional falava à margem da visita ao espaço do Madeira Classic Car Revival, que decorre este fim-de-semana, na Praça do Povo e ainda no espaço em frente à Assembleia Legislativa da Madeira, uma organização do Clube de Automóveis Clássicos da Madeira (CACM), integrada no programa da Festa da Flor.