"É necessário e fundamental que se possam revelar todas as ligações obscuras da ditadura venezuelana ao tráfico de droga, branqueamento de capitais e a uma rede criminosa muito grande", disse o Presidente colombiano, numa entrevista à Rádio Nacional da Colômbia, citado pela agência Efe.

Em 04 de agosto, o Tribunal de Relação do Barlavento, em Cabo Verde, decidiu extraditar Alex Saab para os Estados Unidos da América (EUA), mas a defesa anunciou que vai recorrer da decisão.

Iván Duque assinalou que o Ministério Público colombiano está a conduzir um processo de expropriação de oito imóveis do empresário, pretendendo levar à justiça "todos aqueles que beneficiaram desta rede".

O chefe de Estado colombiano acrescentou que as autoridades do seu país "colaboraram permanentemente neste processo" e entregaram "um grande pacote de informação para solidificar todas as investigações conduzidas pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos e pela DEA [o órgão norte-americano de combate à droga]".

Alex Saab foi detido em 12 de junho pela Interpol e pelas autoridades cabo-verdianas, durante uma escala técnica na ilha do Sal, com base num mandado de captura internacional emitido pelos EUA.

A detenção foi classificada pelo Governo da Venezuela como "arbitrária" e uma "violação do direito e das normas internacionais", tal como as "ações de agressão e cerco contra o povo venezuelano, empreendidas pelo Governo dos Estados Unidos da América".

Saab era procurado pelas autoridades norte-americanas há vários anos, suspeito de acumular numerosos contratos, de origem considerada ilegal, com o Governo venezuelano de Nicolás Maduro.

Em 2019, procuradores federais em Miami (EUA), indiciaram Alex Saab e um seu sócio, por acusações de operações de lavagem de dinheiro, relacionadas com um suposto esquema de suborno para desenvolver moradias de baixa renda para o Governo venezuelano, que nunca foram construídas.

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