A nova exposição tem curadoria de Adelaide Ginga e Emília Tavares, e ficará patente até 15 de novembro.

De acordo com o museu, vai exibir obras entradas na entidade na última década, "significativas da criação artística nacional dos séculos XIX, até ao início do XXI, agora na coleção do museu, e suprindo algumas antigas lacunas", segundo uma nota de imprensa.

Do desenho à pintura, passando pela gravura, fotografia, instalação, escultura, objetos e vídeo, a exposição apresenta obras de Ana Pérez-Quiroga, Ana Vidigal, André Cepêda, António Olaio, Arnaldo Fonseca, Artur do Cruzeiro Seixas, Augusto Alves da Silva, Carlos Noronha Feio, Columbano Bordalo Pinheiro, Cristina Ataíde, Ernesto de Sousa, Gérard Castello-Lopes, Hein Semke, Henrique Vieira Ribeiro, Hugo Canoilas, Inês Norton, e João Cristino da Silva.

Também estarão representados os artistas João Francisco Camacho, João Moniz Pereira, João Pedro Vale, Jorge Barradas, Jorge Molder, Jorge Oliveira, Jorge Pinheiro, Jorge Silva Araújo, José A Marco Godinho, José Luís Neto, José Maçãs de Carvalho, José Pedro Cortes, Júlia Ventura, Manuel Botelho, Márcio Vilela, Maria Barreira, Maria Gabriel, Mário Cesariny, Miguel Soares, Mónica de Miranda, Nuno Calvet, Nuno San Payo, Pedro Portugal, René Bértholo, Rodrigo Oliveira, Rolando Sá Nogueira, Sara e André, e Víctor Pires Vieira.

Ainda segundo o Museu Nacional de Arte Contemporânea, esta seleção "reflete a crescente abrangência e representatividade da coleção", e "é também uma forma do agradecer aos doadores e reconhecer, publicamente, a relevância do seu legado".

"Dissonâncias" ficou marcada pela polémica no final de agosto, quando o jornal Público noticiou que a mostra não chegou a abrir, por "falta de dinheiro para projetores e sinalética", denunciada pela direção.

Com base no relato da diretora, Emília Ferreira, a notícia indicava que "Dissonâncias", com obras em pintura, desenho, escultura, fotografia e instalação, que ocupava mais de metade das salas do museu, deveria ter sido inaugurada em junho, depois de sucessivos adiamentos forçados pela pandemia da covid-19, e por problemas técnicos na montagem, com a falta de seis mil euros para os resolver, acabou por ficar de portas fechadas.

Na altura, contactada pela agência Lusa para obter informações sobre a exposição, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) indicou que a inauguração tinha sido adiada para 30 de setembro, "por acordo" com a diretora do Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado.

Na sequência de questões enviadas à DGPC pela agência Lusa sobre a montagem da exposição que não chegou a abrir, este organismo do Ministério da Cultura respondeu que o adiamento se deveu à pandemia de covid-19, que obrigou ao encerramento de espaços culturais entre 14 de março e 18 de maio.

"Devido à situação de pandemia e à necessidade de cumprimento do plano de contingência adotado pela DGPC, ao nível da segurança e saúde pública, tornou-se necessário o adiamento da inauguração da exposição por três meses", justifica a entidade.

A DGPC acrescentava que a exposição "Dissonâncias" teve a sua "inauguração adiada para 30 de setembro de 2020, por acordo entre a diretora do museu e a DGPC, tendo em conta a necessidade de ajustar a programação do MNAC de 2020, face ao prolongamento de exposições anteriores em virtude da pandemia, e à necessidade de realizar os procedimentos de contratação pública essenciais à sua concretização, os quais estão neste momento adjudicados aos respetivos fornecedores".

Na altura, a Lusa contactou a diretora do museu, que remeteu os esclarecimentos para a DGPC.

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