"É com elevada estima e sentido de responsabilidade que recebo esta missiva" do ex-Presidente José Mário Vaz "agora camarada do partido", refere Braima Camará, na publicação, divulgada na quarta-feira, acompanhada de uma fotografia e da carta que o antigo chefe de Estado enviou ao Madem-G15 a pedir a militância.

José Mário Vaz foi Presidente da Guiné-Bissau entre junho de 2014 e fevereiro de 2020, e o primeiro chefe de Estado guineense a terminar um mandato de cinco anos desde a abertura do país ao multipartidarismo.

Foi eleito Presidente em 2014 com o apoio do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), do qual era militante.

Nas eleições presidenciais de 2019, José Mário Vaz não passou à segunda volta, tendo ficado em quarto lugar atrás do líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, do atual chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, e do atual primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam.

Desde que deixou o cargo de Presidente, José Mário Vaz tem mantido a discrição e apenas aparecido esporadicamente em algumas cerimónias oficiais.

Na carta enviada ao Madem-G15 a pedir para aderir como militante, o antigo chefe de Estado manifesta "total disponibilidade para aderir" ao partido e salienta que tudo fará para que os apoiantes do Movimento Jomav (alcunha pela qual é conhecido) aderiram àquele partido.

"Recomendo que trabalhe com o referido movimento, neste particular, as formas e condições dessa militância", pode ler-se na carta enviada por José Mário Vaz a Braima Camará.

O Madem-G15, partido fundado em 2018 por dissidentes do PAIGC, conseguiu eleger 27 dos 102 deputados do parlamento guineense nas legislativas de 2019 e atualmente faz parte da coligação no Governo.

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