"Uma grande maioria do povo são-tomense conhece Aurélio Martins, eles sabem o que fui capaz de fazer, sobretudo utilizando o exercício de cidadania através da minha fundação. O ser benevolente e solidário como sou será a minha arma", disse Aurélio Martins, que se candidata ao cargo de Presidente da República pela segunda vez.

Aurélio Martins, anterior presidente do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe -- Partido Social Democrata (MLSTP-PSD), principal partido do Governo, substituído no cargo no congresso que elegeu Jorge Bom Jesus, atual primeiro-ministro, diz que "pretende incutir" nos eleitores a mensagem de que "esperança em dias melhores é uma certeza".

O empresário disputa o cargo como independente, com cinco outros candidatos oriundos do seu partido, mas acredita que todas essas candidaturas saídas de uma mesma formação política podem "desperdiçar votos" capazes de "prejudicar" a sua pretensão de vencer estas presidenciais.

Contudo, defendeu que "o povo são-tomense não se confunde com militantes do MLSTP-PSD".

"Pelo facto de a minha candidatura ser suprapartidária, tenho a certeza de que esse pequeno empecilho não será obstáculo à minha vitória", sustentou.

Aurélio Martins não é o único dos seis candidatos oriundo do MLSTP-PSD que não recorreu ao apoio do seu partido. Considerou o apoio aprovado em Conselho Nacional do seu partido a candidatura de Guilherme Pósser da Costa como "natural".

"O camarada Pósser da Costa foi presidente do MLSTP como eu e por isso mereceu a confiança dos dirigentes do partido. Digo bem, dirigentes, porque se falarmos de militantes, muitos estão a apoiar a minha candidatura", referiu.

Aurélio Martins lamenta o excessivo número de candidatos (19) a disputarem o cargo de Presidente da República nestas eleições.

Se, por um lado, defende que se trata de uma prova do "amadurecimento" da democracia são-tomense, por outro, considera "uma dececionante constatação da banalização de uma tão honrosa função".

O ex-presidente do MLSTP-PSD acredita numa segunda volta nestas eleições presidenciais, e adianta que estará "entre um dos dois primeiros mais votados". Por isso prefere não falar em apelo ao voto em caso de não passar na primeira fase.

"Vamos ver o que nos reserva o dia 18 de julho", explicou.

Aurélio Martins acredita que em caso de o candidato que está a ser apoiado pelo principal partido do governo não ganhar estas eleições, esse facto pode ter repercussão negativa na atual liderança dos sociais-democratas, podendo levar à convocação de um congresso extraordinário. "É o mais lógico", sublinhou.

Aurélio Martins adiantou que está a "ultimar os derradeiros apoios" para a sua candidatura, que "conta com apoio financeiro e material de amigos".

MYB // JH

Lusa/fim