"Através destas eleições pacíficas, Cabo Verde cimentou ainda mais a sua posição como modelo de democracia na região", disse o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price, sublinhando o "nível histórico" de participação de mulheres candidatas.

Nas legislativas de 18 de abril, em que estavam em disputa 70 lugares no parlamento, o Movimento para a Democracia (MpD), de centro-direita e no Governo desde 2016, segurou a maioria absoluta, mas perdeu votos e deputados relativamente há cinco anos.

Ned Price felicitou o primeiro-ministro e líder do MpD, Ulisses Correia e Silva, pela vitória e o povo cabo-verdiano pela "realização de eleições livres e transparentes".

"Com o nosso empenho comum na governação democrática, valorizamos profundamente a nossa forte relação com Cabo Verde, que remonta a mais de 200 anos", disse.

Manifestou ainda "expectativa de continuação do trabalho conjunto" para "fazer avançar a parceria bilateral, particularmente nas esferas comercial, educacional e de segurança".

Segundo dados oficiais, o MpD lidera a contagem global das eleições legislativas com 110.117 votos (48,8%) e 37 deputados, quando estão apurados os resultados provisórios de 1.479 mesas de voto (99,9% do total), registando-se uma taxa de abstenção global de 42,5%. 

O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) conta 86.948 votos (38,5%) e 29 deputados, enquanto a UCID 19.872 votos (8,8%) e quatro deputados, Partido do Trabalho e da Solidariedade (0,9%), o Partido Popular (0,3%) e o Partido Social Democrata (0,1%), voltaram a não eleger qualquer deputado. 

Por apurar estão os resultados do círculo eleitoral da Europa e do Resto do Mundo, no qual estão em disputa dois lugares, que deverão ser repartidos entre o MpD e o PAICV. 

Depois de falhar pela segunda vez a vitória do PAICV (perdeu o poder em 2016 para o MpD), a líder do atual maior partido da oposição, Janira Hopffer Almada, anunciou ainda no domingo que se vai demitir do cargo.

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