Antony Blinken felicitou o ex-general Prabowo Subianto e convidou-o a reforçar a relação entre os dois países face à crescente influência da China na região.
"Os Estados Unidos felicitam o presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, pela tomada de posse. A sua eleição é um testemunho dos valores partilhados de democracia e Estado de direito que unem os Estados Unidos e a Indonésia, duas das maiores democracias do mundo", declarou Blinken, em comunicado.
O chefe da diplomacia norte-americana lembrou que já se passaram 75 anos de relações entre os dois países e destacou o "compromisso mútuo com os direitos humanos, a diversidade e a prosperidade é crucial para preservar um Indo-Pacífico livre", numa referência a Pequim.
Já do lado da China, o presidente Xi Jinping também enviou uma mensagem de felicitações a Prabowo Subianto, numa carta divulgada pela imprensa oficial chinesa, onde destacou a amizade de boa vizinhança entre o seu país e a Indonésia e o crescimento constante da parceria estratégica bilateral, assim como o seu desejo de "manter uma comunicação estratégica estreita" para "escrever um novo capítulo na busca de força através da unidade".
O presidente chinês também salientou que o próximo ano marca o 75.º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre a China e a Indonésia, o que "proporcionará uma nova oportunidade para avançar a cooperação bilateral" entre "dois grandes países em desenvolvimento".
O ex-general Prabowo Subianto, com um passado militar controverso, tomou hoje posse na Indonésia, tornando-se o oitavo Presidente do país asiático.
O antigo ministro da Defesa, que sucede a Joko Widodo, venceu por larga margem a primeira volta das eleições presidenciais, em fevereiro, contra outros dois candidatos, naquela que foi a terceira vez que se candidatou.
Prabowo Subianto, 73 anos, tem sido criticado por alegados abusos de direitos humanos em Timor-Leste e na Papua, assim como pela tortura de ativistas pró-democracia, quando era militar.
Antigo comandante das forças especiais envolvidas na invasão de Timor-Leste, em 1975, Prabowo sempre negou as alegações e nunca foi alvo de um processo-crime.
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