Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol referiu que Madrid responde desta forma ao apelo de ajuda e às necessidades expressas na segunda-feira pelas autoridades daquele país africano, que já foi uma colónia espanhola.

A ajuda humanitária chega na quarta-feira a Bata e será entregue pelo consulado espanhol e pelo chefe do Gabinete da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento junto do Ministério da Saúde e do Bem-Estar Social da Guiné Equatorial.

A ajuda é enviada para "apoiar os cuidados das pessoas afetadas e, em particular, as que estão a ser tratadas nos hospitais de Bata, a cidade mais populosa da Guiné Equatorial", segundo o comunicado.

A operação humanitária faz parte do "Team Europe", uma iniciativa da União Europeia que cofinancia o transporte de carga humanitária até ao seu destino.

Por seu lado, a embaixadora norte-americana em Malabo, Susan Stevenson, anunciou que os Estados Unidos enviaram uma equipa de especialistas para Bata para ajudar o Governo da República da Guiné Equatorial nos seus esforços de avaliação e recuperação.

Várias explosões nos depósitos de armamento de um quartel na cidade portuária de Bata, na parte continental da Guiné Equatorial, destruíram quase totalmente as casas e edifícios num raio de cerca de mais de dois quilómetros.

Os números oficiais provisórios apontam que quase uma centena de pessoas morreram e entre 500 e 600 terão ficado feridas, embora haja discrepâncias nos números.

Na sequência das explosões, consideradas acidentais, o chefe de Estado, Teodoro Obiang, lançou um apelo à comunidade internacional para que ajude a Guiné Equatorial, numa altura em que o país vive uma crise sanitária devido à pandemia de covid-19 e uma crise económica por causa da quebra dos preços do petróleo.

FPB (JYO) // VM

Lusa/Fim