A maior parte dos óbitos foi registada no centro do país, nas províncias de Manica e Zambézia, com 20 e 18 óbitos, respetivamente.

As chuvas e ventos fortes, acompanhadas de descargas atmosféricas, queimadas descontroladas e incêndios fizeram ainda 90 feridos, tendo causado a destruição total e parcial de 4.119 casas, deixando outras 3.356 inundadas.

Desde outubro e até segunda-feira, a tradicional época de meteorologia adversa em Moçambique afetou também 56.930 alunos e 940 professores, além de 1.917 quilómetros de estradas.

Moçambique está em plena época chuvosa e ciclónica, que ocorre entre os meses de outubro e abril, com ventos oriundos do Índico e cheias com origem nas bacias hidrográficas da África Austral.

Em novembro deste ano, o INGD anunciou que precisava de 7,4 mil milhões de meticais (112 milhões de euros) para a época 2022/2023, período em que se prevê que pelo menos 2,2 milhões de pessoas sejam afetadas.

Na época chuvosa 2020/2021, o país foi assolado por eventos climatéricos extremos com destaque para a tempestade Chalane e os ciclones Eloise e Guambe, além de outras semanas de chuva intensa e inundações.

O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas do Idai e Kenneth, dois dos maiores ciclones de sempre a atingir o país.

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