O objetivo é permitir que outros países europeus beneficiem também de um procedimento especial para permitir a entrada dos seus cidadãos na China, disse Joerg Wuttke, presidente da Câmara de Comércio da União Europeia na China, citado pela agência France Presse.

Em 28 de março passado, Pequim encerrou as fronteiras a todos os estrangeiros, inclusive detentores de autorização de residência. Muitos ficaram retidos no exterior, depois de terem saído da China, no início do ano, devido à epidemia, que começou no país e se alastrou pelo mundo.

Os voos para a China foram também drasticamente reduzidos.

O Governo chinês negociou, entretanto, um acordo para permitir a entrada de executivos e altos quadros oriundos da Coreia do Sul e Singapura.

Uma discussão semelhante está a decorrer com a Alemanha, segundo Jens Hildebrandt, diretor da Câmara de Comércio Alemã no Norte da China.

Em Berlim, o ministério dos Negócios Estrangeiros confirmou estar em discussão com empresas alemãs e com Pequim "para avaliar como gerir as restrições de entrada no território chinês".

Um acordo permitiria que cerca de 200 altos quadros alemães retornassem à China, num avião que poderia sair em 25 de maio de Frankfurt, com destino a Xangai, segundo a AFP.

Outros aviões podem seguir-se caso esta primeira tentativa funcione, de acordo com Hildebrandt.

Segundo Wuttke, o primeiro voo seria fornecido pela Lufthansa. Um procedimento semelhante poderia então ser iniciado para cidadãos suíços e austríacos.

A lista de passageiros deverá ser aprovada pelas autoridades chinesas que emitirão vistos ou reativarão os vistos já existentes, de acordo com a circular da Câmara de Comércio.

Os passageiros deverão passar por um teste de despistagem do vírus antes da partida e à chegada à China, onde terão de cumprir dois dias de quarentena.

O voo será reservado para pessoas cuja presença é necessária na China para fins económicos, comerciais, científicos ou tecnológicos ou por razões humanitárias urgentes.

JPI // FPA

Lusa/Fim