
Passaram nove anos, mas "não estão todos gordos". Os Mind Da Gap continuam em forma e já tinham "fome de microfone". Ace, Presto e Serial regressaram está sexta-feira aos palcos no Super Bock Super Rock para a primeira atuação da noite no palco principal.
O trio formado no Porto em 1993 (inicialmente como “Da Wreckas") decidiu em 2016 pôr um ponto final na carreira ao longo da qual editaram seis álbuns de originais, o último dos quais em 2012.
São "os grandiosos gigantes dinossauros do hip hop tuga" - palavras dos próprios: “Se não existissem estes gajos aqui ainda estávamos no tempo do bailinho da Madeira e dos ranchos folclóricos do Minho”, disseram ao público onde muitos estavam a ouvi-los pela primeira vez.
Se para as novas gerações de festivaleiros foi uma lição de História, para os mais velhos foi um concerto nostálgico, o recordar de uma época em que canções com “chavalas”, “bazar”, “curtir” eram disruptivas.
O concerto contou ainda com três convidados especiais: Maze, Sam The Kid e Valete e não faltaram êxitos como "Bazamos ou ficamos", "Todos gordos", "Não stresses" ou "És onde quero estar".
“Nada estava esquecido”, garantiram, em declarações à SIC, antes do espetáculo. “Logo dos primeiros ensaios, quando começamos a preparar este concerto, percebemos que estava lá tudo, era só buscar à memória, só precisava de ser relembrado. E as coisas começaram logo a fluir e a correrem bem”.
"Fomos buscar memórias e emoções e sensações de coisas que já vivemos. No fundo, estamos só recordá-las, revivê-las, e transformá-las para um dia novo.”
E quanto a um regresso definitivo? “Vamos ver, estamos a ir com calma”, dizem, sem descartar a hipótese de “voltar à criação”.