Foram quatro os impactos sentidos no acampamento e provocaram apenas danos materiais, segundo o exército francês, que não especificou a origem das explosões.

As explosões, que aconteceram às 5:45 GMT (mesma hora em Lisboa), fizeram vibrar os quartéis e obrigaram os soldados a refugiarem-se em abrigos cerca de duas horas.

Os incidentes acontecem no momento em que a reorganização da presença militar francesa no Mali está em andamento com o fim programado da Operação Barkhane.

O plano francês prevê a evacuação de Kidal, Tessalit e Timbuktu para reorientar as tropas em torno de Gao e Menaka, mais perto da "zona das três fronteiras", nas fronteiras do Níger e Burkina Faso.

O Mali é palco desde 2012 de operações de grupos 'jihadistas' ligados à Al-Qaeda e à organização do Estado Islâmico, bem como de violências de todos os tipos perpetradas por autoproclamadas milícias de autodefesa e bandidos.

As próprias forças regulares são acusadas de abusos.

A violência que começou no norte em 2012, espalhou-se para o centro e, em seguida, para os vizinhos Burkina Faso e Níger. Foram mortos milhares de civis e soldados, havendo centenas de milhar de deslocados, apesar do destacamento de forças da ONU, da França e da África.

A tomada do poder em Bamako pelos militares após um golpe em 2020 não parou a espiral de violência.

RCP // JNM

Lusa/fim