Donald Trump anunciou ter ordenado a expansão e a reabertura da emblemática prisão de Alcatraz, na baía de São Francisco, fechada há mais de 60 anos, para encarcerar os "criminosos mais perigosos e violentos" do país.

"Durante demasiado tempo, a América tem sido vítima de criminosos perversos, violentos e reincidentes" escreveu, no domingo, o Presidente republicano na rede Truth Social.

"É por isso que estou a ordenar aoDepartamento de Prisões, juntamente com o Departamento de Justiça, o FBI e o Departamento do Interior, para reabrir, expandir substancialmente e reconstruir Alcatraz para trancar os criminosos mais perigosos e violentos da América", acrescentou.

Vai ser um "símbolo da lei, da ordem e da justiça"

Com este último anúncio, o Presidente norte-americano deu mais um passo na luta contra a criminalidade, um elemento-chave do segundo mandato na Casa Branca.

A prisão, onde estiveram detidos alguns dos maiores chefes da máfia, incluindo Al Capone, foi encerrada após 29 anos de serviço, devido a custos de funcionamento excessivos.

Alcatraz custou quase três vezes mais do que qualquer outra prisão federal, de acordo com a agência norte-americana para os serviços prisionais.

Alcatraz entrou para a história

Em 1962, deu-se a fuga de três reclusos, entre os quais Frank Morris, que inspirou um livro em 1963 ('Escape from Alcatraz') de J. Campbell Bruce), seguindo-se um filme, em 1979, com o mesmo título, da autoria de Don Siegel e protagonizado por Clint Eastwood.

O isolamento geográfico desta prisão, situada num ilhéu rochoso, gerou numerosos custos, como o transporte por barco de alimentos e de 3,8 milhões de litros de água potável por semana, uma vez que a ilha não tem qualquer fonte de água doce. Segundo estimativas, foram gastos entre três e cinco milhões de dólares na restauração e conservação das instalações.

Durante os 29 anos de serviço, a população média de Alcatraz situou-se entre 260 e 275 reclusos, ou seja, menos de 1% do total da população das prisões prisionais.

"Em Alcatraz, um prisioneiro (tinha) quatro direitos: alimentação, vestuário, alojamento e cuidados médicos. Tudo o resto era um privilégio que tinha de ser conquistado. Entre os privilégios que um prisioneiro podia adquirir, contavam-se trabalho, correspondência e visitas de familiares, acesso à biblioteca da prisão e atividades recreativas como pintura e música", detalhou a agência federal.

Situada a dois quilómetros da costa, a antiga prisão é agora uma atração turística na baía de São Francisco, na Califórnia.

Todos os anos, o ilhéu rochoso atrai mais de um milhão de visitantes de todo o mundo.