
O Serviço de Urgência do Hospital de Sintra está a agravar as dificuldades no Hospital Fernando da Fonseca, na Amadora. A informação foi avançada pelo Diário de Notícias que indica que o desvio de médicos para o novo hospital deixa apenas um médico para 600 camas. O diretor da urgência geral do hospital da Amadora, Luís Duarte Costa, rejeita tal cenário.
Em esclarecimentos à SIC Notícias, afirma que depois do horário laboral, das oito horas, fica um médico de medicina interna para 180 camas dentro da urgência, embora admita que a escala, num cenário ideal, devesse ser composta por dois médicos. As 600 camas é o número total de camas na unidade hospitalar.
"Os doentes são vistos nos dias úteis no período normal de trabalho por todas as especialidades [do hospital], não é um só médico, isso é rídiculo", afirma.
Luís Duarte Costa afirma ainda que este médico é apoiado por todos os profissionais da especialidade além de um médico dos cuidados intensivos caso alguma coisa aconteça.
Sobre a partilha de equipas entre hospitais, indicou à SIC Notícias que é um bom avanço, podendo vir a ter melhorias, e que o novo hospital poderá melhorar a situação e não agravá-la. Quanto aos tempos de espera diz que não são novidade e que já acontecem há muito tempo precisamento devido à falta de médicos que se verifica nos últimos anos.
"A escala de urgência interna está desfalcada há já muito tempo por falta de internistas. Há realmente muita falta de médicos, mas temos conseguido dar resposta arranjando médicos de outras áreas para conseguir responder, o que não é ideal, todos percebemos isso", sublinha.
O diretor das urgências gerais apelou ainda à calma uma vez que o Hospital de Sintra arrancou há pouco tempo e faz parte da solução e não do problema.
Neste momento, os doentes esperam mais de 10 horas para serem vistos por um médico no Amadora-Sintra.