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Por entre centenas de tendas junto em Metuge, num campo de deslocados da violência armada de Cabo Delgado, norte de Moçambique, Mustafá Ali Azito faz marcas com tinta em spray no chão de terra.
Marca o distanciamento mínimo que os deslocados deverão manter entre si na fila para receber donativos (mantas e esteiras) e o recinto até é delimitado com uma corda, tudo para prevenir a covid-19.
Mas a ironia é evidente: à volta, centenas de pessoas estão literalmente a acotovelarem-se umas nas outras para ver o que se está a passar e para marcar lugar na distribuição - muitos sem máscara.