
Num painel durante uma sessão de apresentação das propostas IL para estas legislativas, no Mosteiro de São Bento da Vitória, no Porto, João Cotrim Figueiredo considerou que o Estado português está a "incumprir" o que chamou de contrato social e de contrato intergeracional que assumiu com os cidadãos.
O atual eurodeputado da IL referiu que cada cidadão é "um contratante", que acordou com o Estado que ele pode tirar "um bocadinho de direito e de liberdade" se, em troca, garantir funções como "defender a vida, a propriedade e prestar serviços públicos de qualidade".
A este contrato social, cuja base teórica foi desenvolvida no século XVIII, acresce ainda o que chamou de contrato intergeracional que, segundo disse Cotrim Figueiredo, foi desenvolvido no século passado, e que visa garantir que as atuais gerações deixam para as próximas "um planeta capaz", "umas finanças públicas capazes" e "um sistema de Segurança Social capaz".
"E o drama, também nesta campanha, e é por isso que é tão importante ouvir a IL, é que estão a incumprir ambos os contratos. Quer o contrato social, quer o contrato intergeracional, o Estado está a incumpri-lo", acusou Cotrim Figueiredo, referindo que "a carga fiscal está em máximos, a qualidade dos serviços públicos está em mínimos" e "a Segurança Social não é sustentável".
Depois, o líder da IL abordou o debate televisivo que opôs Luís Montenegro a Pedro Nuno Santos, esta quarta-feira, considerando que foi "uma coisa deprimente".
"Eles estão bem preparados para gerir o dia-a-dia, mas para os desafios enormes que Portugal vai ter de enfrentar, sobretudo o de cumprir o contacto social e contrato intergeracional, aqueles senhores não servem, não estão suficientemente preparados", disse.
Para Cotrim Figueiredo, um desses líderes, numa alusão a Luís Montenegro, "precisa da IL para que Portugal tenha futuro e o crescimento económico necessário".
"A AD precisa da IL. No dia 18, o que estamos a fazer é a nossa parte do contrato social, é dizer: votando na IL, nós exigimos que nos deem o retorno adequado àqueles fundos, recursos e direitos que prescindimos a favor do Estado. Nós fazemos a nossa parte, exigimos que o Estado faça a sua", disse.
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