O Conselho de Segurança da ONU está preocupado com a escalada de tensão no Médio Oriente. A pedido do Irão, reuniu-se de urgência na última noite, na sequência da morte do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, vítima de um ataque em Teerão.

O ataque é atribuído a Israel, que não confirma nem desmente.

Sem reclamar a autoria do ataque, durante o Conselho de Segurança da ONU, Israel garantiu que vai continuar a fazer tudo para se defender.

"Defender-nos-emos e responderemos com grande força contra aqueles que nos fazem mal. O Estado de Israel não ficará de braços cruzados. Continuaremos a defender-nos e a defender os nossos cidadãos", disse o embaixador de Israel na ONU, Jonathan Miller.

O embaixador iraniano da ONU defende que o Conselho de Segurança deve tomar medidas imediatas para responsabilizar Israel e afirma que a operação só foi possível com o apoio dos Estados Unidos.

"Este ato de terror é apenas mais uma manifestação dos padrões de terrorismo e sabotagem de Israel, que se arrastam há uma década e que visam os palestinianos e outros apoiantes e simpatizantes da causa palestiniana em toda a região e fora dela", afirmou Ali Bahreini, embaixador iraniano na ONU.

"A responsabilidade dos Estados Unidos, enquanto seu aliado estratégico, e principal apoiante do regime israelita na região, não pode ser ignorada neste crime hediondo. Este ato não poderia ter ocorrido sem a autorização e o apoio dos serviços secretos dos Estados Unidos", prossegiu.

Vários membros do Conselho condenaram diretamente o alegado assassinato, incluindo a Rússia, a China e a Argélia.

Os Estados Unidos garantem que não sabiam nem estavam envolvidos. No Conselho de Segurança da ONU, o embaixador norte-americano Robert A. Wood acusou o Irão de ameaçar a paz no Médio Oriente e apelou ao direito de autodefesa de Israel.

Começa o funeral do líder do Hamas na capital do Irão

O funeral do líder do movimento islamita palestiniano Hamas Ismail Haniyeh, morto em Teerão num ataque atribuído a Israel, começou esta quinta-feira, no centro da capital iraniana.

Uma multidão em luto, com imagens de Haniyeh e bandeiras palestinianas, concentrou-se junto à Universidade de Teerão, observou o correspondente da agência de notícias France-Presse.