
"Embora as empresas tenham aumentado o emprego, as previsões de atividade futura foram mais cautelosas em setembro", lê-se no relatório do inquérito, que afirma que "os níveis de confiança para os próximos 12 meses caíram para o mínimo em quase quatro anos, devido às preocupações com o impacto a longo prazo da pandemia" de covid-19.
O índice, que melhorou ligeiramente, de 46,1 pontos em agosto, para 46,6 pontos em setembro, mantém-se em território negativo, já que um valor abaixo dos 50 indica uma degradação das condições empresariais face ao mês anterior.
Em setembro, a economia do setor privado moçambicano registou novas e acentuadas quedas na atividade e na procura; o declínio geral abrandou ligeiramente a partir de agosto, para o que contribuiu o primeiro aumento do emprego em seis meses", aponta-se no documento, que salienta que "as restrições devido ao novo coronavírus tiveram um impacto adicional na atividade empresarial e na procura no final do terceiro trimestre".
Apesar da redução na atividade e na procura dos clientes, as empresas moçambicanas já retomaram as contratações: "As empresas aumentaram as contratações durante o mês de setembro, após um período de cinco meses de perda de postos de trabalho em virtude das restrições da covid-19", conclui-se no documento.
Moçambique é o país africano lusófono com mais casos: registava, até terça-feira, um total de 9.398 casos de infeção pelo novo coronavírus, incluindo 67 vítimas mortais.
MBA // JH
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