"Mais uma vez, além dos investimentos em várias áreas de cooperação e de desenvolvimento de São Tomé e Príncipe, a China está a dar um sinal claro ao nível de investimento nas Forças Armadas", disse Jorge Bom Jesus, considerando que a cooperação entre os dois países "tem sido bastante frutuosa".

A embaixadora da China em São Tomé e Príncipe entregou duas viaturas devidamente equipadas, computadores e outros materiais de escritório, de informação e comunicação às Forças Armadas de São Tomé e Príncipe (FASTP).

Xu Yingzhen disse esperar que através da doação "se pode elevar as capacidades e as condições das Forças Armadas de São Tomé e Príncipe", assegurando que a China "vai enviar técnicos para capacitar as pessoas e ajudar na instalação, funcionamento e bom uso" dos equipamentos, no âmbito deste "primeiro passo firme de um futuro mais frequente de intercâmbio das Forças Armadas" são-tomenses e da China.

"A defesa da nossa integridade territorial é fundamental nesta área sobretudo que é da comunicação e de transmissão. Nós estamos precisamente na era das novas tecnologias de informação e comunicação", disse Jorge Bom Jesus, destacando a aposta na "comunicação digital".

"É uma área estratégica para São Tomé e Príncipe, sobretudo numa perspetiva de modernização e reforma das Forças Armadas", assegurou o primeiro-ministro, reforçando que as FASTP têm "a missão de defender o território nacional", garantir a segurança do "espaço do Golfo da Guiné, participar nas missões de paz ao nível da sub-região, mas também ao nível do mundo sem esquecer as operações ao nível social" na proteção e apoio às comunidades.

O chefe do Governo assegurou que "nada disso se faz sem um bom sistema de comunicação", realçamento que também não basta apenas ter "equipamentos de ponta, materiais e viaturas".

"Importa sobretudo capacitar e formar" as pessoas, precisou, defendendo que "é preciso profissionalizar" as FASTP através de uma reforma que leve "a cada vez maior especialização, sobretudo nesta área [da comunicação digital] que é muito sensível."

"Vamos continuar a estreitar esses laços de cooperação para que as nossas Forças Armadas possam dar respostas aos novos desafios de desenvolvimento de São Tomé e Príncipe: um país pequeno, mas colocado pelas mãos de Deus de forma estratégica nesta porta de entrada do Golfo da Guiné, uma zona geográfica estratégica para África, mas também para o mundo", frisou Jorge Bom Jesus.

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