
O deputado Francisco Gomes, eleito pelo Chega à Assembleia da República, reuniu com o comando regional da GNR para discutir o estado actual das forças de segurança na Madeira e em Portugal. No encontro, o parlamentar expressou “preocupação com a degradação da actividade de segurança interna”, a qual, a seu ver, “resulta de décadas de desinvestimento por parte do poder político em relação às forças de segurança”.
“O Chega não vai permitir que as forças de segurança continuem a ser tratadas como um problema pelo poder político. Elas são uma parte essencial da ordem e da segurança do país. Quem arrisca a vida para nos proteger merece respeito, dignidade e apoio total do Estado”, declarou o parlamentar citado em comunicado de imprensa.
Entre os problemas apontados por Francisco Gomes estão os “crimes praticados contra a vida e integridade dos agentes das forças de segurança” (que segundo o deputado do Chega “têm vindo a aumentar”), bem como as questões relacionadas com a saúde mental destes profissionais.
Durante a reunião, Francisco Gomes alegou, com base em “dados disponíveis” (embora sem citar a fonte) que o número de membros das forças de segurança que atentou contra a própria vida é “alarmante” e “reflecte a elevada pressão a que estão sujeitos”.
O partido considera que “esta é uma das muitas situações que exigem uma resposta política imediata e eficaz”.
Segundo Francisco Gomes, o Chega compromete-se a implementar “um pacote de reformas profundas para recuperar o estado das forças de segurança”, entre as quais: “a criminalização do incitamento ao ódio contra as forças de segurança, o reconhecimento da carreira de agente das forças de segurança como de desgaste rápido e com direito a reforma antecipada, a compensação financeira para os profissionais destacados nas regiões autónomas e fora da sua área de residência, o acesso garantido na rede pública de creches para os filhos dos profissionais e o reforço dos planos de apoio psicológico para os agentes das forças de segurança”.
“Estas reformas não são uma opção, mas uma necessidade urgente e um dever nacional. Os nossos agentes precisam de condições dignas para desempenhar a sua missão”, vincou.