O anúncio foi feito pelo ministro da Geologia e Águas, João Baptista Borges, durante a visita que iniciou, na quarta-feira, ao Soyo, província do Zaire, sendo este um empreendimento considerado fundamental para reduzir o défice energético de Angola até 2017.

"É dos projetos mais importantes que estamos a desenvolver neste momento, que vai produzir cerca de 750 MegaWatts e que vai atender às necessidades de Luanda e bem como do norte do país, com a eletrificação de Mbanza Congo e Nzeto", explicou o ministro aos jornalistas.

De acordo com o governante, a construção da central está pronta a arrancar e está já em curso a edificação da linha de transporte de eletricidade, para garantir a sua distribuição.

A Lusa noticiou a 08 de janeiro que o Governo angolano vai utilizar 125 milhões de euros da reserva financeira petrolífera para investimentos em infraestruturas no pagamento da primeira prestação da construção desta central, de ciclo combinado, a gás e vapor.

A decisão, suportada por despacho presidencial de 05 de janeiro, visa permitir o arranque da construção da central, a cargo da empresa China Machinery Engineering Corporation (CMEC), conforme escreve o documento a que Lusa teve acesso.

De acordo com o mesmo despacho, esta central, que integra o Programa de Investimento Púbico, "é de grande importância para o desenvolvimento económico e social do país".

Assim, é aprovada a desmobilização de 147,7 milhões de dólares (cerca de 125 milhões de euros) da Reserva Financeira Estratégica Petrolífera para Infraestruturas de Base, precisamente para pagamento da primeira prestação do contrato.

A central de ciclo combinado do Soyo vai custar 832 milhões de euros, sendo justificada pelo executivo com as "projeções de crescimento da procura de energia elétrica no país" no médio e longo prazo.

O contrato em causa foi celebrado entre o Ministério da Energia e Águas e a empresa chinesa CMEC em 2014.

O crescimento nacional leva à "necessidade de expansão acentuada da capacidade de produção" de eletricidade no país, lê-se no despacho assinado pelo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, de 11 de agosto último, autorizando este contrato.

Daí a "importância fundamental" da construção desta central, que vai produzir eletricidade através de gás natural angolano e que proporcionará "vários benefícios e uma contribuição significativa para o desenvolvimento económico e social do país", acrescenta o despacho.

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