O processo EDP está parado há cerca de 10 meses. Desde que foi deduzida a acusação, o Ministério Público ainda não concedeu aos seis arguidos acesso integral à totalidade da prova reunida.

Entre os arguidos encontram-se o ex-administrador da EDP, António Mexia, e o antigo ministro da Economia, Manuel Pinho.

Em declarações ao Observador, a Procuradoria-Geral da República justificou o atraso com a necessidade de eliminar do processo mais de 3.200 e-mails, considerados provas ilegalmente obtidas pelo Supremo Tribunal de Justiça. Trata-se, segundo a PGR, de uma tarefa complexa, morosa e que requer a mobilização de muitos recursos.

A contagem do prazo legal de cinco meses para os arguidos poderem requerer a abertura de instrução, fase que decidirá se o caso segue ou não para julgamento, só começará após o acesso completo à prova.

A acusação sustenta a existência de um alegado pacto de corrupção com o objetivo de beneficiar a EDP em cerca de 840 milhões de euros.