Carles Puigdemont já regressou a casa depois de ter discursado na manhã desta quinta-feira em Barcelona. A garantia é do advogado, que, em declarações à TV3, disse que o ex-presidente da Catalunha não se vai entregar.

Numa publicação na rede social X, Lluís Llach, conhecido separatista catalão, também deixou a garantia que Puigdemont está "saudável, seguro e acima de tudo livre".

Puigdemont, antigo presidente do governo regional da Catalunha e protagonista da declaração unilateral de independência da região de 2017, vive no estrangeiro desde então, para fugir à justiça espanhola, e continua a ser alvo de um mandado de detenção em território nacional.

Apesar disso, conseguiu esta quinta-feira surgir em público numa concentração de milhares de apoiantes no centro de Barcelona sem ser detido.

Depois de, a partir de um palco, se ter dirigido à multidão concentrada numa praça do centro de Barcelona, o dirigente separatista desapareceu.

A polícia tinha montado um perímetro de segurança em redor do parlamento, com uma barreira policial que Puigdemont teria de cruzar para aceder ao edifício, mas nunca chegou a esse local, onde se esperava que fosse detido.

Operação Jaula falhou

Os Mossos d'Esquadra acionaram depois a "operação Jaula", um dispositivo de segurança, com controlo de estradas, para tentar localizar Puigdemont, que não teve resultados.

A polícia da Catalunha garantiu, num comunicado, que tentou esta quinta-feira deter o dirigente independentista nas ruas de Barcelona mas não conseguiu porque a prioridade foi evitar distúrbios, sublinhando que o político esteve sempre rodeado por milhares de pessoas e autoridades.

Entretanto, dois elementos da polícia da Catalunha (Mossos d'Esquadra) foram detidos por suspeita de ter ajudado o dirigente independentista.