"É um valor que está a ser negociado com a CEDEAO, como sabem, o país está perante um contexto difícil, não foi paga por causa das restrições orçamentais em relação as quais estamos confrontados hoje", respondeu o também ministro das Finanças, quando questionado, à margem de um evento na cidade da Praia.

A reação do número dois do Governo cabo-verdiano surge um dia após o deputado cabo-verdiano e vice-presidente do parlamento daquela organização, Orlando Dias, ter revelado, após saída de um encontro com o Presidente da República, José Maria, que Cabo Verde tem uma dívida de cerca de 32 milhões de euros para com essa organização regional, acumulada durante cerca de 20 anos.

Olavo Correia disse que o Governo liderado por Ulisses Correia e Silva tem estado a negociar com a organização para encontrar um plano que permita ao país pagar essa dívida.

"Estamos em processo negocial político intenso com a CEDEAO para podermos regularizar e garantirmos também que Cabo Verde possa ter as devidas contrapartidas em relação àquilo que vai investir no quadro da CEDEAO", avançou.

Questionado se essa dívida pode condicionar a participação de Cabo Verde nas instâncias e reuniões da comunidade, o vice-primeiro-ministro disse que o país tem estado a participar em todos os fóruns e que essa organização sabe das dificuldades do país.

"Cabo Verde é o maior contribuinte per capita ao nível da CEDEAO, em termos de pagamento dessas quotizações, e, portanto, é um valor muito importante para o orçamento do Estado, nós estamos a negociar com a CEDEAO, mas há vontade de pagar esse valor", prometeu.

Além de Cabo Verde, também integra a comunidade a Guiné-Bissau, Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Serra Leoa, Senegal e Togo.

RIPE // RBF

Lusa/Fim