
Cerca de 30 agentes federais deram cumprimento a um total de oito mandados de busca e apreensão e a três mandados de prisão preventiva nos municípios de Oiapoque e de Macapá, no estado do Amapá.
As investigações da Polícia Federal tiveram início após a apreensão de armas e drogas na região de Oiapoque, transportadas por indivíduos que tentavam entrar no Brasil por via marítimo-fluvial. Na ocasião, foi descoberta uma rota ilegal entre o Suriname, Guiana Francesa e o Brasil.
"Esse caminho era usado para a prática de diversos crimes transnacionais: tráfico internacional de drogas, de armas e de pessoas. Além disso, promovia a migração ilegal para os países fronteiriços com o estado do Amapá. Apurou-se que, por semana, um grupo realiza em torno de três viagens internacionais, em média com 20 passageiros em cada uma, ao custo de 1.500 reais (230 euros) por pessoa", explicou a PF em comunicado.
Ainda no âmbito da operação de hoje, a PF trabalha para desarticular um outro grupo criminoso suspeito de controlar o tráfico de cocaína na região de Oiapoque.
"Uma vez condenados, os investigados poderão responder, na medida das suas responsabilidades, pelos crimes já citados, além de organização criminosa e associação para o tráfico. A pena somada em todos os delitos alcança 37 anos de reclusão", frisou a corporação.
A operação foi denominada Quinino porque é o nome do componente de um remédio utilizado no tratamento da malária, doença que acomete muitas das pessoas que se arriscam nessas rotas ilegais.
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