
Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,41%, para 35.208,51 pontos, o que representa um novo máximo, a superar o estabelecido no final de julho.
Da mesma forma, o alargado S&P500 também fechou em território desconhecido até agora, registando um segundo recorde consecutivo, depois de valorizar 0,17%, para as 4.436,52 unidades.
Já o tecnológico Nasdaq recuou 0,40%, para os 14.835,76 pontos.
"A sessão terminou de forma mitigada, exibindo um ganho semanal" e recordes, "depois de um relatório sobre o emprego melhor do que previsto", salientaram os analistas da Schwab.
Se estes números "suscitaram algum otimismo", também levaram a "colocar questões sobe o que isso significa para a política monetária da Fed" (diminutivo de Reserva Federal), acrescentaram.
Segundo o relatório do Departamento do Trabalho, a taxa de desemprego recuou de 5,9% para 5,4%, para surpresa dos analistas, que esperavam 5,6%.
No mês passado, a economia dos EUA criou 943 mil empregos, mais do que previsto, e as contratações em junho foram revistas em alta, para 938 mil, tal como as de maio.
Os setores da hotelaria e da restauração contrataram fortemente (380.000), a refletirem a recuperação da economia. Mas os efetivos ainda são inferiores em 10% aos que existiam antes da pandemia.
Em alta pelo quarto mês consecutivo, o salário horário médio aumentou 11 cêntimos, quatro por cento em termos anuais.
Mesmo com novos recordes, a reação de Wall Street com tons moderados foi atribuída por Art Hogan, da National Securities, ao facto de as ações já estarem a evoluir em níveis elevados. "Estamos em níveis recorde. Isso modera a reação", disse.
Os números do emprego "são uma muito boa notícia, uma das que nós tínhamos necessidade", reforçou, acrescentando que a média mensal de criação de emprego nos últimos três meses foi de 831 mil empregos, bem acima da anterior média mensal de três meses, que foi de 559 mil.
"Isto vai claramente na boa direção", de uma recuperação do mercado de trabalho, mas também para a possibilidade de a Fed poder anunciar a diminuição do seu programa de compra de ativos em setembro, antecipou Hogan.
"Os investidores devem conter o seu entusiasmo", entre o dinamismo da recuperação da economia, atestada por estes bons números, e a perspetiva de uma redução do apoio monetário da Fed, que se aproxima, acrescentou.
Com estes dados positivos, que implicam um 'aperto' da política monetária - sinónimo da subida da taxa de juro - o rendimento dos títulos de divida pública dos EUA a 10 anos estava a subir em 1,30% às 21.30 horas de Lisboa, no mais alto desde há duas semanas. depois dos 1,22% da véspera.
Os bancos aproveitaram esta subida das taxas, com o Wells Fargo a fechar com ganhos de 3,79% e o Goldman Sachs com 3,54%, chegando mesmo o seu 'papel' a terminar com um máximo histórico, nos 397,89 dólares.
A transportadora aérea Spirit Airlines, baseada no Estado da Florida, perdeu 4,11%, depois de ter anulado mais de mil voos, o que explicou com o mau tempo e problemas de pessoal e informáticos.
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