A deslocação acontece uma semana depois de o Reino Unido ter endurecido a posição em relação a Israel ao suspender parte das licenças de exportação de armas para Israel, invocando o "risco" de estas serem utilizadas em violação do direito internacional em Gaza.
O governo trabalhista também abandonou os planos iniciados pelos conservadores para contestar o pedido do Tribunal Penal Internacional (TPI) de um mandado de captura internacional contra o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu.
Os Estados Unidos evitaram criticar o aliado nas duas ocasiões, vincando que fazem avaliações diferentes e que mantêm o apoio a Israel.
Além da crise no Médio Oriente, o apoio à Ucrânia e a tensão no Indo-Pacífico deverão dominar o encontro na terça-feira entre Blinken e Lammy, que vão discutir questões relacionadas com defesa, segurança e ambiente.
Blinken é o mais alto funcionário norte-americano a visitar o país desde que o Partido Trabalhista de Keir Starmer ganhou as eleições de julho, pondo fim a 14 anos do Partido Conservador no poder.
Embora os dois países mantenham uma cooperação próxima e estável na maioria das questões internacionais, os democratas são historicamente considerados mais próximos do Partido Trabalhista do que dos conservadores.
"O Reino Unido não tem maior amigo do que os Estados Unidos. Há mais de 80 anos que esta relação especial é apreciada de ambos os lados do Atlântico", afirmou Lammy, num comunicado, manifestando-se empenhado "em reforçar a nossa aliança para promover segurança e crescimento" económico.
"Num mundo mais volátil e inseguro, é ainda mais importante que sejamos nações altamente alinhadas", vincou.
Keir Starmer será recebido na sexta-feira na Casa Branca pelo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, naquela que será a segunda visita a Washington desde a eleição em julho.
O chefe de governo britânico foi recebido na Casa Branca a 10 de julho, dias depois de tomar posse, a propósito da cimeira da NATO em Washington.
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